O Texto abaixo é uma homenagem postada em uma rede social por Gustavo Buriti, aos seus pais, quando completaram 28 anos de casado, em julho de 2018.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1Co 13:4-7).
No dia 7 julho de 1990, Leudo e Maria decidiram dizer um para o outro: sim, eu te aceito como minha esposa e sim eu te aceito como meu esposo. Maria, mulher simples, doce, amorosa, temente a Deus e o melhor de tudo, uma mulher sábia! Leudo, um homem sábio, trabalhador e servo de Deus.
No dia 04 de maio de 1992 tiveram o primeiro fruto de seu relacionamento: Nascia Pedro e, 3 anos, 3 meses e 3 dias depois, tiveram seu segundo filho, Gustavo. Assim como em um bom filme de romance, algo não tão bom aconteceu.
Em 2007, Maria perdeu sua mãe, e não sabendo lidar com a grande perda, entrou em depressão, logo depois começou a ter fortes distúrbios mentais ao ponto de ter longos momentos de não reconhecer os próprios filhos.
Entra em jogo o homem sábio e temente a Deus que um dia jurou: “Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe”.
Vi esse homem simplesmente ignorar as vozes de profissionais da área médica que diziam: interdita a tua mulher porque ela não vai voltar ao normal. Eu vi um homem perder suas noites de sono caminhando em voltas de casa inúmeras vezes, falando “sozinho”.
E foi ali que eu vi pela primeira vez o AMOR, o mesmo AMOR de Jesus por nós em uma pessoa. Um AMOR que não se importa com o que os outros dizem, não se importa em abrir mão do emprego e não se importa com o tamanho da dificuldade. E sim, um AMOR que se importa com apenas uma coisa, honrar a sua Aliança! A luta, o sofrimento dos dois durou um bom tempo, era o amor – que tudo suporta – se aperfeiçoando.
A que ponto você está disposto a sacrificar a si mesmo para amar alguém? O porquê dessa pergunta? Esse mesmo homem sacrificou os dias de sua vida! Como? Ele simplesmente falou com Deus nas seguintes palavras: “Deus, se o Senhor restaurar a saúde da mulher com quem eu me casei, eu dedicarei todos os dias da minha vida para fazer o que o Senhor me chamar a fazer. Uau! Não era mais por ele e sim por ela.
Resultado? Deus restaurou completamente a vida de sua esposa. Hoje ele é Pastor, líder de um ministério de edificação e restauração de casais chamado Você Disse Sim, é autor do livro Casamento, você disse sim?, atualmente, eles trabalham e se dedicam ao fortalecimento de casamentos e posso afirmar que minha mãe é uma grande mulher de Deus.
Pois bem, em meio ao mundo a que tenho vivido, tenho orgulho de estar nessa família e ter comemorado com eles 28 anos de casados. Em tempos onde casamento e relacionamento familiar têm sido trocado como uma peça de carro quando está desgastada, 28 anos é sim um grande motivo para comemorar.
Para finalizar faço essa pergunta: Se o mundo fosse conforme a sua forma de amar, como ele seria? (Gustavo Buriti, julho – 2018).
SUPERAÇÃO
Nos momentos mais terríveis e nebulosos da vida de um cristão, a atitude mais sensata é buscar a Deus – é confiar Nele. O profeta Jeremias, em carta que escreveu ao povo que seria deportado de Jerusalém para a Babilônia traz a seguinte promessa: “Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração” (Jeremias 29:13).
Foi o que fiz para enfrentar a peleja que o próprio Deus permitiu que a minha família enfrentasse. Em meio a nossa batalha, o inimigo que tentava destruir o sonho de um casamento feliz, também investiu para tirar a vida do nosso filho Gustavo.
Era um final de semana, Pedro e Gustavo eram adolescentes e tinham ido para um retiro organizado pela Igreja em um hotel fazenda. Naquele sábado, finalzinho da tarde, aproveitei e levei a minha Maria para outro hotel fazenda da região, na tentativa de que o passeio pudesse contribuir de alguma forma para recuperação da sua memória.
Fazia no máximo trinta minutos que nós tínhamos chegado ao local, quando repentinamente chegou o Júnior, um amigo advogado, anunciando que teríamos que retornar imediatamente para Ji-Paraná.
A única coisa que ele sabia era que o Gustavo tinha sofrido um acidente e que estava sendo submetido a uma cirurgia de emergência no hospital Municipal de Ji-Paraná. Imagine agora a minha situação, como contar e como seria a reação de minha Maria. Eu disse: precisamos ir, minha querida. Ela simplesmente respondeu: está bem!
“Na minha aflição clamei ao Senhor; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz; meu grito chegou à sua presença, aos seus ouvidos” (Salmos 18:6). Me faltava chão. Não restava outra opção, somente Deus poderia nos socorrer. A minha alma gritava, eu suava frio, mas mantive a serenidade.
Estávamos a uma distância de 60 quilômetros do hospital. No caminho, comecei a contar para a minha Maria que estávamos voltando para casa porque o nosso filho estava no hospital, e que ele precisava da nossa ajuda.
O estado de saúde dela era tão crítico que não deu qualquer importância à notícia, ela ficou completamente indiferente, apática.
Fomos direto para o hospital. O pátio estava tomado por membros da Igreja. O Gustavo ainda estava no centro cirúrgico. Involuntariamente, ele havia sido atingido na piscina, na região do abdômen, por um adulto que descera a toda velocidade o tobogã. No hospital, minha Maria limitou-se a visitar os pacientes que estavam no pronto socorro.
Após a cirurgia, o médico nos contou que se o Gustavo tivesse demorado mais alguns minutinhos para chegar ao hospital certamente não teria resistido. Ele havia sofrido lesões graves no abdômen, teve hemorragia interna e houve necessidade de retirar o baço, maior órgão do sistema linfático e que ajuda na defesa do organismo. A equipe médica, sob a direção clínica do Dr. Manuel Lamego, com o órgão em uma bandeja, afirmou: “Pai o seu filho vai ficar bem, a cirurgia foi um sucesso”.
Foi um grande alívio. Eu tomei posse desta promessa: “Não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa”(Isaías 41:10). Como afirmou o Gustavo no depoimento apresentado anteriormente, eu haviadeixado tudo de lado para cuidar da minha Maria e agora tinha que dedicar cuidados especiais para ele também.
É obvio que a minha gratidão a Deus pela restauração da minha esposa e do meu filho é indescritível. Mas com muita alegria tenho apreciado a fidelidade do Gustavo ao nosso Papai do Céu.
Assim como o Pedro ele tem nos dado muitas alegrias. O evangelho de Lucas (2:52) afirma que “Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. É com esse olhar que tenho apreciado a desenvoltura e crescimento do Gustavo.
Meu caçula tem se dedicado à Igreja de Jesus Cristo com todas as suas forças e tem sido instrumento de Deus para salvação de muitas vidas, principalmente de jovens. Todas as quartas, às 23 horas ele lidera na nossa casa um encontro abençoadíssimo.
Recentemente, ele fez um check-up médico e uma série de exames, e conosco pôde contemplar mais um grande milagre que Deus nos proporcionou. O exame de imagem detectou um novo baço. O médico não acreditou no que viu, mas Deus deu outro baço ao Gustavo. Isso mesmo, um baço perfeito.
A Palavra de Deus, em uma analogia, nos compara com vasos de barro. Aprendemos com o oleiro que se o vaso ficar deformado ele desmancha e faz tudo outra vez. Ou seja, faz um novo vaso.
Creio que foi mais ou menos isso que Deus fez comigo. Moldou-me, corrigiu-me e, no sofrimento aperfeiçoou-me, e o mesmo aconteceu com minha Maria, Pedro e Gustavo.
“Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que o poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós” (2 Coríntios 4:7).
Não somos super-heróis, somos limitados, somos seres pecadores, frágeis, como são frágeis os vasos de barro. Sabemos que um vaso pode ser quebrado com muita facilidade.
Joel 3:10 (última parte) diz: “diga o fraco eu sou forte”. Quando parece que é o fim da linha para as nossas vidas, podemos apelar para Deus. Na verdade, nós somos fracos, mas Deus é forte e tem um plano lindo, bem definido para cuidar de cada um de nós.
Com esta e tantas lições aprendemos que o Deus Todo Poderoso sempre estará disposto a nos ajudar a superar qualquer problema, seja ele qual for, e a receita encontramos através da Sua Palavra!
Sugiro a leitura de todo o capitulo 22 de II Samuel. Trata do cântico de Davi numa expressão de adoração pessoal e sincera ao Senhor. Este cântico foi composto quando Deus livrou Davi das mãos de Saul durante suas proezas no deserto. É um cântico de ação de graças por Deus livrá-lo de ameaças e conceder a vitória sobre os seus inimigos.
“Você nunca saberá que Deus é tudo que você precisa até que Ele seja tudo que você tiver” (Rick Warren).
Fonte: Livro Amor Geracional – Leudo Buriti, 2019.